Cada vez mais nós estamos acostumados com o fato de que as redes sociais ditam as tendências para o futuro. Por isso, houve um verdadeiro boom quando o empresário estadunidense, Mark Zuckerberg, anunciou que o Facebook – sua empresa mundialmente conhecida – passaria a se chamar Meta.
Desde então, a discussão sobre essa possibilidade para o amanhã, chamada de metaverso, se intensificou. Na internet, vemos por todos os lados que a aposta é de que essa tendência seja o próximo grande passo da tecnologia.
A ideia geral é de que o metaverso funcione como um “universo paralelo”, onde as interações serão 100% digitais. Sabe-se que, nas redes sociais, muito se especula sobre como essa nova onda poderá impactar as marcas.
Mesmo que o conceito ainda seja relativamente novo, desde já as empresas, que têm condições para tal, buscam maneiras de investir no metaverso, como podemos ver nos casos da Nike e da Budweiser que já estão pensando lá na frente.
Mas, em um cenário de empresas e marcas menores, como é possível se preparar para esse futuro? Em minha visão, o principal fator a ser levado em consideração, quando falamos do metaverso, é a melhoria da experiência do usuário em ambiente digital.
Recentemente, em minha viagem ao Canadá, tive a oportunidade de experienciar um verdadeiro exemplo de upgrade na prática do usuário por meio da tecnologia. A CAE, famosa fabricante canadense de tecnologias de simulação, está investindo em demonstração de realidade virtual na área da Saúde.
Com o uso de bonecos de treinamento e simulação realística, a empresa abriu possibilidades para a análise de diferentes variáveis sobre o que acontece com o corpo humano, como ele se comporta em diversas situações mediante a realidade aumentada.
Visto isso, acredito que o metaverso faz sim muito sentido, principalmente para a nova geração, já que ele funciona como uma “oficialização” dessa espécie de mundo paralelo.
No entanto, ainda é preciso ter cautela, sem apressar o ritmo das coisas. Para as marcas, a melhor forma de se preparar para esse possível futuro é pensando em estratégias efetivas que melhorem a interação com seu público virtualmente. O primeiro passo é entender sua clientela, com o objetivo de criar uma conexão com ela.
Considerando que atualmente a comunicação com o cliente é cada vez mais efêmera e menos condensada, o desafio de impactar o usuário é cada vez maior.
Por esses motivos, a ideia de poder “existir” em diferentes realidades pode ser muito atraente para as marcas. E, de fato, a tendência vem sendo bem aceita no Brasil. Conforme dados retirados de um estudo feito pelo Instituto Ipsos, no ano de 2021, 60% dos brasileiros entrevistados afirmaram que acreditam no metaverso como algo positivo.
De qualquer forma, para que a massificação desse conceito seja efetiva, ainda vai levar um tempo. Por isso, é válido fazer a seguinte reflexão: será que o metaverso deverá ser tão palpável quanto se imagina?
Os próximos capítulos dessa história irão se encarregar de trazer essa resposta. Mesmo assim, não é preciso esperar a concretização dessa ideia para melhorar desde já as soluções de sua marca, pensando na importância da experiência do usuário e na influência do meio digital. Como você pode começar a fazer isso hoje?
Por Camilla Covello, Diretora Executiva e Fundadora da C2L | Communication to Lead
Sobre o autor: Camilla Covello é publicitária, especialista em Comunicação e Marketing em Saúde e setores complexos, com MBA em Gestão em Saúde na Philadelphia University. É fundadora e diretora-executiva da C2L | Communication to Lead.